sábado, 27 de outubro de 2012

Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doenças Falciformes -


No dia 27 de Outubro celebra-se, segundo o calendário do Ministério da Saúde o Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doenças Falciformes. Esta data foi criada para ser discutidas e refletidas à luz da ciência e da medicina questões relevantes à doença falciforme, levando em consideração causas, sintomas, complicações, tratamento e o perfil de pessoas que...

A doença falciforme é hereditária, causada por modificação no gene (DNA) que, ao invés de produzir hemoglobina (Hb A) dentro dos glóbulos vermelhos ou hemácias, produz um outro chamado (HbS) no indivíduo. A consequência desta doença no indíviduo é a produção de anemia crônica, com icterícia (cor amarelada na parte branca dos olhos), inchaço em pés e mãos e fortes dores nos punhos e tornozelos (frequente até os dois anos de idade) e crises de dores em músculos, ossos e articulações.

A doença falciforme é originaria da África, que pode ser encontrada em qualquer parte do mundo, principalmente na população afro-descendente no Brasil (por isso denomina-se, segundo alguns movimentos sociais como parte integrantes de estudos e discussões sobre Saúde da Populaçaõ Negra). No Brasil,   segundo o Ministério da Saúde, em média, nasce-se 3.000 crianças com este tipo de doença, com maior incidência sempre nos estados onde há maior concentração de população negra, isto é, de cor parda ou preta.

Os sintomas das doenças variam de pessoa para pessoa e também de acordo com o grau e percentual da mesma no organismo do indivíduo. Em geral, quando as crises dolorosas, causadas pela doença são freqüentes, é necessário acompanhamento médico. Já as crises com intensidade leve podem ser tratadas em casa, com analgésico e ingestão de bastante líquido. Em caso de febre, pode ser indício de inflamação e o médico deve ser procurado para avaliação. Uma importante observação é que o paciente que tem doença falciforme está mais sujeitos às infecções, por isso os cuidados `a saúde deste paciente são fundamentais.

Doença Falciforme e Cuidados na Atenção Básica:

Na Atenção Básica, que é a porta de entrada para a saúde no Brasil através do Sistema Único de Saúde, seja através dos postos de saúde ou clínicas da família, é possível, em até cinco dias após seu nascimento do bebê, submetê-lo ao teste do pezinho. Segundo estatísticas do Ministério da Saúde, por ano, em média de 2,5 milhões de crianças são submetidas ao teste, o que corresponde a 85% da população pueril e, em média, 30 mil destas estão cadastradas no Hemocentro, onde realizam acompanhamento de saúde por profissionais específicos.

O teste do pezinho é fundamental a vida e a saúde da criança, pois nele detecta-se não apenas a doença falciforme, mas outras três doenças como: Hipotireoidismo Congênito, Fenilcetonúria, Fibrose Cística, além Doença Facilforme e outras hemoglobinas.

Para fins de acompanhamento na saúde, os medicamentos indicados para o tratamento  da Doença Falciforme estão disponíveis na chamada “Farmácia Básica do SUS”. São eles: ácido fólico (de uso contínuo), penicilina oral ou injetável (obrigatoriamente até os 5 anos de idade), antibióticos, analgésicos e antiinflamatórios (nas intercorrências).

Traço Falciforme:

O Traço Falciforme é quando a pessoa recebe apenas traço da doença. Ou seja, apenas o pai ou a mãe repassaram o gene com problema. Neste caso a doença falciforme não se desenvolve, por tanto a pessoa não necessita de tratamento. Apenas observar elementos comuns como cuidados com a alimentação

Em crianças a partir de quatro meses de idade, jovens e adultos que ainda não fizeram diagnóstico para identificação da doença ou do traço podem realizar o exame de sangue Eletroforese de Hemoglobina, disponível pelo SUS em unidades de saúde com especialidades.

Como é o tratamento pelo SUS:

A partir de 2005 o Ministério da Saúde desenvolveu a Política Nacional  de Atenção às Pessoas com Doenças Falciformes que faz parte de uma política maior que é a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da População Negra. Nestas políticas os fluxos estão orientados que, uma vez confirmado o diagnóstico da doença no paciente, o mesmo deverá ser cadastrado junto aos Serviços Referenciais de Hemocentros ou hospitais públicos para acompanhamento multidisciplinar, de acordo com o protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde nestas políticas.

Como já informado, as medicações orientadas para o tratamento estão disponíveis na Farmácia Básica do SUS e nos casos que envolve emergências, o  SUS disponibiliza medicamentos e exames para atendimento imediato às intercorrências da doença. A hidroxiuréia, os quelantes de ferro, o Dopller Transcraniano e as transfusões sanguíneas, além de exames especiais, estão acessíveis na assistência farmacêutica e em procedimentos da chamada “atenção especializada” no Sistema Único de Saúde.

Hoje, além dos procedimentos técnicos para profissionais de saúde, o Ministério da Saúde elaborou o Manual para o autocuidado da Doença Falciforme com informações e orientações precisas e importantes que o paciente deve e precisa saber para manter o bem estar em relação a sua saúde.


Cuidados fundamentais à pacientes que dispõem de Doença Falciforme:

- Alimentação Saudável: com ingestão de frutas, legumes, verduras, principalmente as ricas em vitamina B e ferro;

- Muita água;

- Proteger-ser do calor e frio intenso;

- Ir ao médico regularmente para saber o nível de anemia.

Na Clinica da Família Maury Alves de Pinho dispomos de alguns casos no território onde há casos da doença falcifome e traço falciforme. Em ambos os casos, a equipe acompanha através de visitas domiciliares e ou consultas com a médica e enfermeira e orientações em saúde com os Agentes Comunitários de Saúde para poder assistir de melhor forma, não só o paciente como sua família.

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