quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A violência contra mulher termina quando começa a relação do cuidado

No dia 06 de dezembro, celebra-se no Brasil o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo fim da Violência contra as Mulheres.
Esta data é de suma importância à sociedade global para estimular a reflexão, consciência e ação sobre este fenômeno que assola milhões de mulheres e que também, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), tornou-se questão de saúde pública de extrema relevância.

Segundo estudos, a violência tem como causalidade aspectos sociais, culturais, econômicos, psicológicos e uma das principais justificativas estão às diferenças nas relações de gênero (ser homem e ser mulher, socialmente falando), gerando desigualdades entre os dois sexos, pautadas pela dominação e opressão de um contra o outro.

Esta assimetria social gera tornou-se um problema de e na saúde pública, que afeta não apenas a saúde física, mas a saúde mental das mulheres, por conta dos abusos que afetam diretamente a sua qualidade de vida e bem estar. Uma mulher em situação de violência não consegue, muitas vezes agir e nem reagir por medo, não consegue produzir e isso traz consequências à integralidade da sua saúde.

Segundo a OMS em 2011, 7% das mortes em mulheres de 15 a 44 anos,  foram causadas por violência de gênero em todo mundo.

Desta forma, uma das formas de desconstrução da lógica da violência contra mulher está em desmistificar os aspectos culturais socialmente absorvidos pelos homens no decorrer da história. Entre elas, desconstruir a visão de que, "briga de marido e mulher não se mete a colher", deixando de ser um problema particular da família para se tornar uma questão de ordem e saúde pública, isto é, tutelados pelo Estado.

A Contribuição das Clínicas da Família pelo fim da violência contra mulher:

 A base da atenção básica de saúde no Brasil está no tripé da promoção, prevenção e proteção integral de saúde das famílias assistidas, por uma determinada unidade de saúde em um território adstrito. Assim, a tentativa de fortalecer as redes intersetoriais e promover reflexão, consciência e propor ações com a temática sobre a violência, é um dos grandes desafios que a saúde pública precisa alcançar e se dar conta.

Hoje há inúmeras iniciativas que as Clínicas de Família, por exemplo, podem organizar através de planos terapêuticos para assistir as famílias em situação de violência. Entre elas:

- A tentativa de aproximação e fortalecimento de vínculos entre os profissionais de saúde e a família;

- A tentativa de envolvimento dos homens autores de violência à relação do cuidado e responsabilização como: acompanhamento da parceira ao pré-natal, acompanhamento de saúde dos filhos, acompanhamento de sua saúde;

- Organização de rodas de conversa de homens e mulheres e abordagem da violência como tema à ser discutido no cotidiano das famílias;

- Ações de saúde em escolas e creches, com temáticas ou tópicos que abordem a violência contra mulher e desconstrua a visão engessada dos papéis de homens e mulheres socialmente construídos.

A partir destas pequenas iniciativas é que podemos construir uma cultura de paz às famílias, distanciando-as das práticas de violência, envolvendo homens e mulheres na relação de cuidados entre si e também com seus filhos.

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